quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

geografia

como o sabão surgiu?

A fabricação de sabão é, sem dúvida, uma das atividades industriais mais antigas de nossa civilização. Sua origem remonta a um período anterior ao século XXV a.C.. Nesses mais de 4500 anos de existência, a indústria saboeira evoluiu acumulando enorme experiência prática, além de estudos teóricos desenvolvidos por pesquisadores.
Tecnicamente, a indústria do sabão nasceu muito simples e os primeiros processos exigiam muito mais paciência do que perícia. Tudo o que tinham a fazer, segundo a história, era misturar dois ingredientes: cinza vegetal, rica em carbonato de potássio, e gordura animal. Então, era esperar por um longo tempo até que eles reagissem entre si. O que ainda não se sabia era que se tratava de uma reação química de saponificação. O sabão, na verdade, nunca foi “descoberto”, mas surgiu gradualmente de misturas de materiais alcalinos e matérias graxas (alto teor de gordura).
Os primeiros aperfeiçoamentos no processo de fabricação foram obtidos substituindo as cinzas de madeira pela lixívia rica em hidróxido de potássio, obtida passando água através de uma mistura de cinzas e cal.
Porém, foi somente a partir do século XIII que o sabão passou a ser produzido em quantidades suficientes para ser considerado uma indústria.
Até os princípios do século XIX, pensava-se que o sabão fosse uma mistura mecânica de gordura e álcali.
Foi quando Chevreul, um químico francês, mostrou que a formação do sabão era na realidade uma reação química.
Nessa época, Domier completou estas pesquisas, recuperando a glicerina das misturas da saponificação.
Durante 2.000 anos, os processos básicos de fabricação de sabões permaneceram praticamente imutáveis.
As modificações maiores ocorreram no pré-tratamento das gorduras e dos óleos, na obtenção de novas e melhores matérias-primas, no processo de fabricação e no acabamento do sabão, por exemplo, na secagem por atomização para obtenção do sabão em pó.

Quem descobriu o sabão?

O sabão foi inventado pelos fenícios, seiscentos anos antes de Cristo. Eles ferviam água com banha de cabra e cinzas de madeira, obtendo um sabão pastoso. O sabão sólido só apareceu no século 7 quando os árabes descobriram o processo de saponificação, uma mistura de óleos naturais, gordura animal e soda cáustica, que depois de fervida endurece. Os espanhóis tendo aprendido a lição com os árabes, acrescentaram-lhe óleo de oliva, para dar ao sabão um cheiro mais suave.Nos séculos 15 e 16, enfim, vária cidades européias tornaram-se centros produtores de sabão, entre elas, Marselha, na França.

Qual sua utilidade?

O sabão é um produto tensoativo usado em conjunto com água para lavar e limpar. Sua apresentação é variada, desde barras sólidas até líquidos viscosos.

Do ponto de vista químico, o sabão é um sal de ácido graxo. Tradicionalmente, o sabão é produzido por uma reação entre gordura e hidróxido de sódio e de potássio e carbonato de sódio, todos álcalis (bases) historicamente lixiviados das cinzas de madeiras de lei. A reação química que produz o sabão é conhecida como saponificação. A gordura e as bases são hidrolisadas em água; os gliceróis livres ligam-se com grupos livres de hidroxila para formar glicerina, e as moléculas livres de sódio ligam-se com ácidos graxos para formar o sabão.

PREPARAÇÃO DO SABÃO.


Este experimento tem como objetivo a preparação de um sabão simples.

QUESTÃO PRÉVIA

Os sabões são produzidos a partir de óleos e gorduras através de reações de saponificação. Sabendo-se disto, como é possível o próprio sabão retirar "sujeiras" em geral, gorduras e óleos dos utensílios domésticos?

TEMPO PREVISTO

Aproximadamente 50 minutos.

MATERIAL E REAGENTES

* 23 mL de óleo vegetal

* 1 béquer de 300 mL (copo de vidro incolor)

* 20 mL de etanol (álcool comum)

* 1 bastão de vidro (colher de sopa)

* 80 mL de solução de NaOH 25% (soda caústica)

* 1 funil

* 150 mL de solução saturada de NaCl (sal de cozinha)

* 1 papel de filtro (coador de café)

* ácido acético (vinagre)

* água gelada

PROCEDIMENTO

1. PREPARAÇÃO DO SABÃO

1. Transferir 23 mL de óleo vegetal para um béquer de 300 mL.

2. Adicionar 20 mL de etanol e 80 mL de NaOH 25%.

3. Adicionar lentamente ácido acético e controlar o pH entre 6 e 7 com a ajuda de papel indicador (ou papel de tornassol).

4. Aquecer lentamente em banho-maria, agitando constantemente com um bastão de vidro. Seja cuidadoso, pois o álcool é inflamável.

5. Após cerca de 20 minutos o odor do álcool deverá desaparecer, indicando o final da reação. Deverá se observar a formação de uma massa pastosa, contendo sabão, glicerol e excesso de NaOH.

6. Usar um banho de gelo para resfriar o béquer.

7. Para precipitar, ou "salt out" o sabão, adicionar 150 mL de solução saturada de NaCl, agitando vigorosamente. Este processo aumenta a densidade da solução aquosa e o sabão irá flutuar.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao contrário do que se pensa, o sabão por si só não limpa coisa alguma. Essa aparente contradição pode ser entendida quando se sabe que os detergentes - entre os quais a forma mais simples e conhecida é o sabão - são agentes umectantes que diminuem a tensão superficial observada nos solventes, permitindo maior contato dos corpos com os líquidos, que realmente limpa.

O sabão é obtido fazendo-se reagir ácidos graxos com óleos, numa reação chamada saponificação. Os ácidos graxos normalmente usados são o oléico, o esteárico e o palmítico, encontrados sob a forma de ésteres de glicerina (oleatos, estearatos e palmitatos) nas substâncias gordurosas.

A saponificação é feita à quente. Nela a soda ou potassa atacam os referidos ésteres, deslocando a glicerina e formando, com os radicais ácidos assim liberados, sais sódicos ou potássicos. Esses sais são os sabões, que, passando por um processo de purificação e adição de outros ingredientes, transformam-se nos produtos comerciais. Os sabões produzidos com soda são chamados de duros, e os produzidos com potassa, moles.

Embora a maior parte dos detergentes seja destinada à limpeza com água, existem alguns produzidos para limpeza com outros solventes, como no caso dos óleos para motores, onde a água não pode ser usada. Nesse caso, o sódio e o potássio são substituídos por metais, como o chumbo ou o cálcio.

Os sabões e os detergentes possuem as mais diversas aplicações, que vão desde a limpeza doméstica até industrial. Sua tecnologia, pouco desenvolvida até 1934, evolui bastante a partir dessa época, tornando sua produção altamente industrializada.

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